Nos últimos anos, as ameaças cibernéticas se tornaram mais sofisticadas e dinâmicas, exigindo que as empresas adotem novas abordagens para proteger seus dados e sistemas. Em 2025, o conceito de Zero Trust e a Segurança em Nuvem serão ainda mais cruciais na defesa contra ciberataques, garantindo a segurança da infraestrutura digital, especialmente em um mundo cada vez mais híbrido e remoto.
O que é o modelo Zero Trust?
O modelo Zero Trust baseia-se no princípio de que nenhuma pessoa ou dispositivo, dentro ou fora da rede, deve ser automaticamente confiável. Em vez de confiar implicitamente em qualquer elemento da rede, o Zero Trust adota uma abordagem de verificação constante e mínima confiança, exigindo que todos os usuários e dispositivos sejam autenticados e autorizados antes de acessar qualquer recurso, independentemente de sua localização. Este modelo aplica-se a todos os usuários, sistemas e dispositivos, criando uma barreira adicional contra acessos não autorizados e possíveis brechas de segurança.
Em 2023, o Gartner previu que até 2025, 60% das grandes empresas adotariam um modelo de segurança Zero Trust, comparado a apenas 5% em 2020. Este movimento tem sido impulsionado pela crescente complexidade das infraestruturas digitais e pela necessidade de proteger dados sensíveis em ambientes de trabalho híbridos e com cada vez mais acesso remoto.
Zero Trust em Ação: Como Funciona?
O modelo Zero Trust funciona com a ideia de que a verificação deve ser contínua e em tempo real. Ao contrário do modelo tradicional, que permite o acesso completo a todos os recursos internos uma vez que o usuário esteja dentro da rede, o Zero Trust realiza a autenticação multifatorial (MFA) e a autorização para cada acesso de forma granular. Esse processo envolve:
- Autenticação multifatorial (MFA): Requer múltiplos fatores de validação para garantir que o usuário ou dispositivo é legítimo.
- Controle de Acesso Baseado em Identidade (IAM): Estabelece permissões com base nas funções e necessidades dos usuários.
- Monitoramento Contínuo: A análise em tempo real de comportamentos e atividades suspeitas para detectar comportamentos anômalos.
Segurança em Nuvem: Proteção e Flexibilidade
À medida que as empresas adotam cada vez mais soluções em nuvem, a segurança em ambientes de cloud também se torna uma prioridade. A Segurança em Nuvem oferece uma abordagem mais flexível e escalável, permitindo que as empresas se concentrem na inovação, enquanto os provedores de nuvem cuidam das defesas. No entanto, a segurança na nuvem não é isenta de riscos.
De acordo com o Forrester, em seu Forrester Wave™: Public Cloud Security 2024, a segurança em nuvem continua a ser uma das maiores preocupações para os líderes de TI, que enfrentam desafios como a gestão de identidades, proteção de dados, e a visibilidade limitada sobre as atividades dos usuários na nuvem. As empresas precisam ter políticas claras e ferramentas de monitoramento que ofereçam visibilidade em tempo real de todas as operações na nuvem.
A Sinergia entre Zero Trust e Segurança em Nuvem
Embora o modelo Zero Trust tenha ganhado destaque nos últimos anos, ele não é uma solução isolada. Ele funciona em conjunto com soluções de segurança em nuvem para fornecer uma proteção completa, abordando diferentes camadas da infraestrutura digital. O Zero Trust em Nuvem permite que as empresas implementem controles robustos de acesso e visibilidade, mesmo em ambientes híbridos e multicloud.
Além disso, a IDC estima que 80% das organizações que migram para a nuvem, se preocupam com a segurança da informação e, por isso, implementam soluções como Zero Trust para proteger seus dados e aplicativos em tempo real. Esta sinergia é essencial para garantir que, mesmo com a flexibilidade da nuvem, as empresas tenham total controle sobre quem pode acessar o quê, e de onde.
Insights do Mercado
- Gartner: Em 2024, o Gartner indicou que “as empresas que adotam uma arquitetura de segurança Zero Trust vão reduzir em 80% o risco de ameaças avançadas até 2025, em comparação com aquelas que utilizam modelos tradicionais de segurança.”
- Forrester: De acordo com a Forrester, as empresas que implementam Zero Trust, combinando com uma estratégia robusta de segurança em nuvem, têm mais sucesso na mitigação de riscos, pois esse modelo fortalece a defesa de perímetros de rede e cria uma camada adicional de segurança para proteger ambientes de nuvem públicos e privados.
- IDC: A IDC destaca que 90% dos incidentes de segurança de dados são causados por falhas no controle de acesso, o que reforça ainda mais a necessidade de políticas de Zero Trust para garantir que apenas usuários e dispositivos autenticados possam acessar os dados da empresa, especialmente em ambientes em nuvem.
Conclusão: A Necessidade de um Modelo Integrado
Em um cenário em que os ataques cibernéticos estão cada vez mais sofisticados e as infraestruturas digitais se tornam mais complexas, o Zero Trust combinado com Segurança em Nuvem é a melhor estratégia para proteger dados e garantir a continuidade dos negócios. A gestão de riscos cibernéticos precisa ser baseada na confiança mínima e na verificação constante, aproveitando as vantagens da nuvem para otimizar a escalabilidade e a flexibilidade.
A segurança cibernética não pode mais ser vista como um gasto, mas como um investimento fundamental para o futuro dos negócios. Em 2025, as empresas que conseguirem alinhar a segurança Zero Trust com a eficiência da nuvem estarão mais preparadas para enfrentar os desafios cibernéticos do futuro.